Gil Vicente Futebol Clube é um clube português sediado na cidade de Barcelos. Fundado a 3 de maio de 1924 com designação de Gil Vicente Foot-Ball Club. Conhecido pela equipa de futebol profissional, que joga atualmente na Primeira Liga de Futebol.
O Gil Vicente FC tem um total de 5 títulos conquistados: 2 títulos da Segunda Liga e 3 títulos da 1º Divisão da AF Braga. Em adição, foi finalista na Taça da Liga em 2011-12 e presenciou-se nas competições UEFA Conference League em 2022-23.
História
Fundação do Gil Vicente com designação de Gil Vicente Foot-Ball Club. A ideia de fundar um novo clube partiu de um grupo de amigos que todas as tardes jogavam futebol perto do teatro da cidade, chamado Gil Vicente, em homenagem ao dramaturgo português.
O Gil Vicente estreia o seu primeiro recinto, Campo da Granja (atualmente o Estádio Adelino Ribeiro Novo). O vermelho foi a primeira cor das camisolas.
Subida à Segunda Divisão Nacional. No ano seguinte, o Gil Vicente deixa o campeonato regional e passa a disputar um campeonato a nível nacional, com início em janeiro.
No dia 16 de setembro de 1946, em determinado momento do jogo, o guardião Adelino Ribeiro Novo, no seu estilo destemido, saiu aos pés do atacante salvando gloriosamente o golo adversário. Porém, o guardião não evitou o choque violento e faleceu em campo após o choque com um adversário. Como homenagem, o estádio Campo da Granja ganhou o seu nome.
No dia 3 de maio de 1974, o Gil Vicente completava cinquenta anos. A sua Bodas de Ouro foram solenemente comemoradas, tendo a direção marcado o evento com um dia festivo. Cumpriu-se a tradicional missa de sufrágio por todos os sócios, atletas e diretores, celebrada pelo Presidente e Tesoureiro do clube, Padres José Maria Furtado e Joaquim de Brito. Na romagem ao cemitério municipal de Barcelos, foi depositada uma coroa de flores no túmulo de Adelino Ribeiro Novo, símbolo da Família Gilista, tendo usado da palavra o Presidente da assembleia Geral, José Ribeiro Novo.
A Cerimónia oficial de inauguração da nova Sede Social do Gil Vicente constituiu um ato pleno de significado para o Clube. Um dia muito especial em todo o seu historial. Era a tradução do simbolismo de uma vitória especial, muito diferente das que se ganham nas lides ou nas lutas dos jogos. Por isso mesmo e para o futuro, ficarão a atestar esses momentos em que outra alegria e satisfação percorreu a alma gilista no dia 8 de Novembro de 1987. 0 Gil Vicente tinha algo a que podia chamar seu.
Subida à Primeira Divisão, com o presidente Francisco Dias. Nesta época, o Gil Vicente foi espoliado de uma vitória no estádio do Maia, quando vencia por 2-0. Por falta de energia elétrica houve interrupção do jogo e em Janeiro de 1990 o Concelho Disciplinar da Federação Portuguesa de Futebol atribui a vitória ao Gil Vicente por 3-0 e multa o Maia (200 Contos). Posteriormente, esta decisão é anulada e é mandado jogar os 16 minutos em falta. A seguir, o Conselho de Justiça manda repetir o jogo na íntegra. Em caso análogo de interrupção por falha na energia elétrica, no jogo V. Setúbal – Belenenses, a vitória pertenceu ao Belenenses.
Após sete anos de permanência na Primeira Divisão o Gil Vicente desce à Segunda Divisão de Honra. Na época seguinte, com Francisco Magalhães na presidência, o Gil Vicente só não voltou à Primeira Divisão por mais uma decisão administrativa, no “Caso Alverca”. O Alverca, clube satélite do Benfica e portanto impedido de subir de divisão, de acordo com a lei, numa manobra estratégica, desvincula-se do estatuto de clube satélite, ao ver que estava, na fase final do campeonato, no grupo dos pretendentes à subida.
No dia 2 de maio de 1999, na véspera de completar setenta e cinco anos, o Gil Vicente FC conseguiu, por mérito próprio, a subida à Primeira Divisão. Francisco Magalhães que tinha prometido devolver o clube ao lugar que havia perdido cumpre a promessa embora já não como Presidente da Direção, lugar ocupado por seu irmão João Magalhães, mas como Presidente da Assembleia-Geral.
O Gil Vicente FC permanece na prova maior do nosso futebol durante cinco anos e na época de 2005-06, depois no campo ter conseguido a permanência no último jogo com o Belenenses, por decisão administrativa é relegado para a Divisão secundária. Se parece indiscutível estar perante uma situação insólita considerar a inscrição do jogador como um ato desportivo, não se afigura menos evidente que é um grave erro de justiça condenar o Gil Vicente com a pena de descida de divisão por o clube ter recorrido, na defesa da verdade desportiva, aos tribunais comuns. Este caso ficou na história do Futebol Nacional como “Caso Mateus” e ainda aguarda decisão superior. No entanto, foi como uma lufada de ar fresco o Tribunal Administrativo já ter reconhecido que as inscrições dos jogadores são atos administrativos como sempre o Gil Vicente defendeu.
Campeão! Na época 2010-11, sob a Direção de António Fiúza, o clube sagra-se campeão da Liga Orangina na última jornada, regressando, cinco anos depois à Primeira Liga
Final da Taça da Liga. Em 14 de maio, o Gil Vicente disputa a final da Taça da Liga, frente ao Benfica, no Estádio Cidade de Coimbra. Esta é a primeira final do Clube e ficará para sempre na história do Gil Vicente. O resultado, infelizmente, terminou na vitória do Benfica, por 2-1.
O Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa deu razão ao Gil Vicente no “Caso Mateus” num processo que ditou a descida do emblema de Barcelos à II Liga e a “repescagem” do Belenenses que, então, tinha descido de divisão. A decisão chega quase uma década depois: o caso remonta a agosto de 2006.
No penúltimo jogo da época 2021/2022 da Primeira Liga portuguesa, jogado em casa frente ao CD Tondela, o Gil confirmou o que já se perspetivava no final da primeira volta do campeonato quando terminou em 5º lugar da tabela classificativa – o acesso à Europa. Daí não mais saiu, fruto de um desempenho que cedo também conferiu ao emblema barcelense a concretização de um importante objetivo: a manutenção. Mudam-se os tempos, mas não se mudam as vontades e a vontade de querer que o galo atingisse voos mais altos recaiu sobre uma equipa que, ainda com o último jogo do campeonato por realizar em casa do Vitória SC, somou 13 vitórias, 12 empates e 8 derrotas – perfazendo um total de 51 pontos. Aberto o capítulo da Europa, existe ainda um recorde capaz de ser batido: os 53 pontos que a formação do técnico Álvaro Magalhães atingiu na época 1999/2000 e que, até então, se perpetuaram como a pontuação mais alta conseguida pelos barcelenses. A história continua…
