No rescaldo do encontro frente ao SL Benfica, Carlos Cunha teceu elogios à exibição da equipa e considerou que a paragem para o Campeonato do Mundo pode ser benéfica.
Sobre o jogo:
Não acho que devíamos ter feito mais, acho que devíamos ter sustentado a nossa exibição com outro resultado. É evidente que não jogamos sozinhos. O adversário entrou bem no jogo, ganhou e mereceu ganhar. No entanto, a equipa mostrou personalidade, não abandonou a sua ideia, quis jogar, participou no jogo, lutou pelos pontos. Fizemos um bom jogo na minha opinião, no entanto em momentos cruciais sofremos golos que nos dão apenas a vitória moral, que não nos dá pontos. Temos de continuar a trabalhar, mas pelo menos temos a tranquilidade de que a resposta que a equipa deu nos dá garantia que o futuro será certamente melhor.
Quando questionado sobre a paragem para o Campeonato do Mundo:
De facto, acho que no nosso contexto esta paragem é conveniente, porque estamos numa situação complicada, os resultados dizem isso. Temos a consciência plena de que a matéria-prima e os recursos humanos estão cá dentro, agora falta elevar os índices de confiança e termos resultados mais condizentes com o que temos vindo a trabalhar. Acho que hoje ficou claro para toda a gente que a equipa vale mais do que os nove pontos que tem na tabela. Só nos resta trabalhar e esta é uma boa janela de oportunidade que vamos ter, porque dá-nos tempo para a equipa se recompor e começar a crescer em termos anímicos.
Relativamente à sua continuidade no comando técnico
Sou funcionário do clube e sabia que o contexto era este. Soube na véspera que assumia a equipa, fomos a jogo e dali a três dias tivemos outra partida. Quando estas coisas acontecem mexem em termos emocionais com toda a gente, sobretudo com os jogadores. Os atletas do Gil Vicente FC não deixaram de ser bons de uma semana para a outra, o que acontece é que estamos em circunstâncias complicadas. O que os jogadores sentem é que em tudo o que nós fazemos a bola bate no poste e sai para fora, enquanto que do lado adversário um ressalto dá em golo. Não há dúvida que o Carlos Cunha é treinador do Gil Vicente e vai continuar a sê-lo. Se nos sub-23, se na equipa principal, não é isso que é importante neste momento. O clube é bem maior que nós todos e por isso estamos a trabalhar com o sentido de missão e vamos continuar a trabalhar no sentido de sairmos rapidamente desta situação.