Na ressaca da derrota frente ao GD Estoril Praia, Ivo Vieira considerou que o Gil Vicente poderia ter saído do encontro com outra resultado, embora assuma que o jogo dos barcelenses não foi perfeito. O treinador gilista relembrou ainda que os barcelenses têm à data os mesmos pontos que tinham na temporada passada por esta mesma altura.
Sobre o jogo:
Nitidamente, foi a eficácia que ditou o jogo. A equipa mais eficaz e que foi quem fez o golo, o Estoril, ganhou o jogo e leva os três pontos. Nós na primeira parte criámos oportunidades suficientes para fazer golo, mas estamos conscientes de que o Estoril nos criou problemas pelo corredor direito e também teve uma ou duas situações em que podia ter marcado. No entanto, lembro-me de termos roubado três ou quatro bolas na zona intermédia em lances que saímos em igualdade numérica, por vezes em superioridade, e faltou-nos um pouco melhor tomada de decisão no último terço. Na segunda parte, a equipa que marca-se poderia ter vantagem no jogo e foi aquilo que acabou por acontecer. O Estoril foi mais feliz, a sorte dá muito trabalho como já disse, mas a realidade é que também podíamos ter retirado daqui o mesmo resultado. O Estoril foi mais feliz, mais eficaz e ditou aquilo que foi o resultado final.
Relativamente à troca de extremos ao intervalo:
Acima de tudo temos de acreditar naquilo que são os jogadores que temos e eu como responsável máximo tenho de orientá-los para que eles façam as coisas da melhor forma. Isto tem que ver com uma questão de rendimento e quando se substitui um jogador é porque o rendimento até então não está a ser o pretendido perante aquilo que se quer para a equipa. Acho que é nítido que podemos fazer melhor no último terço em termos de tomada de decisão. Tivemos várias situações, admitindo também que não fizemos um jogo por aí adiante. Não foi um jogo de qualidade de ambas as partes. A minha expetativa é de que possamos ter muita mais qualidade no jogo. Não temos conseguido a espaços e hoje foi evidente. A equipa precisava de um resultado diferente para se poder soltar. Mas quanto às alterações, não há treinador nenhum que troque um jogador que esteja com o rendimento aceitável para cima.
Sobre o momento de ambas as equipas:
O Estoril é uma equipa com muita juventude, com muitos recursos técnicos e é uma equipa que ocupa uma posição na tabela que dá aso para que os jogadores jogarem sem grandes responsabilidades, no bom sentido: sem pressão e as coisas correm de forma natural. Nós obviamente que pretendíamos e aspirávamos a fazer muito mais do que temos feito até então e no fundo isso esbarra um pouco no que é a liberdade e a confiança que a equipa pode ter.
Relativamente ao saldo dos jogos em casa:
Obviamente que da minha parte há alguma apreensão. Queria ter mais pontos, queria que a equipa fizesse mais e melhor, mas, só aqui em ponta de retalho, o Gil na temporada passada por esta altura tinha os mesmos pontos que tem agora e catapultou-se para uma época fantástica. Vamos procurar ser diferentes no jogo, porque eu acredito e defendo que se tem de jogar melhor. São fases. Estamos numa fase não muito abonatória naquilo que são os jogos em casa, mas tirando o jogo com o FC Porto não me lembro de alguma equipa ter sido mais forte que nós ou que criasse mais oportunidades ou tivesse mais bola nos nossos jogos em casa.
